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Os reis da casa de Braganca na Decadencia e na Queda da Monarquia Portuguesa no Ultimo Seculo, 1810-1910 Ladner, Janet Susan

Abstract

PROFOSITO . A Monarquia portuguesa, que éxistia desde 1143, caiu em 1910, e veio a substituir-se por uma republica. O estudo desta caída - as suas origens, a sua trajectória, o seu pessoal, quer nativo quer estrangeiro, etc. - e complexo e extensivo. Portanto, os limites desta tese se confinam arbitrariamente ao papel dos últimos nove reis da Casa de Bragança, quer fossem culpados, quer vítimas da desgraça, a partir do ano 1810 (data tam-bém arbitraria), quando já se evidenciava um desequilíbrio monárquico originado nas Guerras Peninsulares de Napoleão. Nos cem anos seguintes que abraçavam o Liberalismo do século XIX, a adaptação dos soberanos portugueses desde o "Rei Absoluto" ate ao "Rei Constitucional" foi difícil, prolongada, e, afinal, fatal a tradição monárquica. O remate desta instituição, que durou quase 800 anos, completou-se por uma Revolução de 31 horas, e grande era o jubilo republicano; ao mesmo tempo o jovem rei bragantino fugia do solo português para o exílio permanente. Forcas oposicionistas, vigorosas e oportunistas, tinham-se aproveitado da decadência nas fileiras monárquicas, por aquela altura, já sem salvação. METODO DE INVESTIGAÇÃO . Apos uma breve explicacao do estado historico da Nação, da dinastia de Bragança, e da instituirão de Monarquia por 1810, bem como uma enumeração das "constantes" malévolas - características típicas da gente e da pátria -proseguimos tratando dos incumbentes cronologicamente. Consideramos os reis nos aspectos da sua formação que pudessem ter influenciado a sua atitude para com a Coroa, e a seguir, examinamos o papel de cada indivíduo como factor de ameaça a fortuna da dinastia ou da monarquia. (Claro, houve também factores positivos, mas infelizmente, na sua escassez, estas riaò bastavam para contrariar favoravelmente a direccão de acontecimentos his-tóricos da dinastia). CONCLUSÕES GENERAIS. Ramificava-se em Portugal na forma de uma Carta Constitucional, uma alteração nos preconceitos tradicionais da monarquia portuguesa - a sua transferencia de ênfase de soberania do Rei a Nacab - consequ'ehcia da ideologia liberal espalhando-se através da Europa toda, até as colonias americanas, da sua fonte francesa. A Carta, tal como tinha sido instituida 'in the light of the Anglo-Portuguese Alliance', no 'atabito das constantes psicológicas nacionais, veio a sofrer, nas mãos dos reis, períodos de dificuldades de aplicacao e de inutilidade, e até ocasioes de suspensão; e esta carreira precária impediu a continuacão de qualquer governo estável ou produtivo. Acabou por enfraquecer os proprios sustentáculos governa-mentais. Alguns Bragancas eram culpados de omissoes; nem percebiam nem se utilizavam plenamente da gama do seu papel constitucional, e portanto os inocentes foram vitimizados, desdenhados ou manobrados por circunstancias ou por gente intrigante. Houve outros reis que eram culpados pelas suas iniciativas; abusavam das prerrogativas constitucionais para agir indepen-dentemente ou conspiratoriamente, ou para abster-se de agir. Donde quer que se originasse a culpa - da pobre educacão, da herança degenerante ou est-rangeira, da limitada sabedoria política - os soberanos bragantinos tinham de responsabilizar-se substancialmente pela decadehcia que antecedia a queda da monarquia portuguesa de tab cobicado registo.

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